O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a fazer uma série de ataques contra Israel, em duas ocasiões diferentes em um espaço de pouco tempo ao longo da segunda-feira. Em sua fala mais recente, o petista acusou o Estado judaico de praticar “atos de terrorismo”.
“Aos 78 anos de idade, eu já vi muita brutalidade, muita violência, eu já vi muita irracionalidade, mas eu nunca vi uma violência tão bruta, tão desumana contra inocentes”, iniciou o petista durante um discurso feito na chegada de 32 brasileiros repatriados de Gaza, na noite de ontem.
“Porque se o Hamas cometeu um ato de terrorismo e fez o que fez, o estado de Israel também está cometendo vários atos de terrorismo ao não levar em conta que as crianças, ao não levar em conta que as mulheres não estão em guerra, ao não levar em conta que eles não estão matando soldados”, completou Lula.
A fala de Lula, mais uma vez, faz uso de uma falsa equivalência entre o Estado de Israel e o grupo terrorista Hamas. Tal comparação é absurda, pois ignora que a reação dos israelenses segue as leis internacionais da guerra, e é fruto de um Estado consolidado, cujo direito de autodefesa também é assegurado.
Além disso, Lula ignora o fato de que Israel, desde o início da guerra, tem avisado os civis dos ataques, pedindo a evacuação dos mesmos e criado corredores humanitários para isso, enquanto que, por outro lado, o Hamas tem atuado para impedir a evacuação dos civis, justamente porque eles são usados como escudos humanos.
A Confederação Israelita no Brasil, que representa a segunda maior comunidade judaica da América Latina, cuja população é estimada em 120 mil judeus apenas no Brasil, reagiu à fala de Lula, a classificando como “perigosa”.
“A fala hoje do presidente Lula equiparando as ações de Israel ao grupo terrorista Hamas é equivocada e perigosa. Desde o começo dessa trágica guerra, provocada pelo mais terrível massacre contra judeus desde o holocausto, Israel vem fazendo esforços visíveis e comprovados para poupar civis palestinos, pedindo que eles se desloquem para áreas mais seguras, criando corredores humanitários, avisando a população da iminência de ataques”, diz a entidade.
A Confederação lembra que o Hamas “se esconde cínica e covardemente atrás das mulheres e crianças de Gaza”, pois “a morte desses civis palestinos é uma arma importante da estratégia do Hamas, uma estratégia que o próprio grupo terrorista reconhece que pratica”, afirmou a Confederação.
A nota completa, apontando a gravidade das declarações do petista que comanda o Brasil: “Além de equivocadas e injustas, falas como essa do presidente da República são também perigosas ao estimular entre seus seguidores uma visão distorcida e radicalizada do conflito, no momento em que os próprios órgãos de segurança do governo brasileiro atuam com competência para prender rede terrorista que planejava atentados contra judeus no Brasil”.