Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário no governo Lula, concedeu uma entrevista ao jornal O Globo, onde fez uma declaração que chamou atenção do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, assim como daqueles que prezam pela proteção da propriedade privada.
Na ocasião, ele foi questionado sobre a relação do Movimento Sem Terra, o MST, com o governo, onde aproveitou para externar a sua visão sobre as invasões que os militantes têm feito nos últimos meses, após o retorno de Lula ao poder.
“Boa. E eu acho que é papel do movimento social fazer pressão, reivindicar. Essas reivindicações nos ajudam a lembrar dos temas mais importantes”, disse ele sobre as invasões.
“Os momentos mais tensos na relação com o MST foram os meses de março e abril [quando ocorreram o maior número de ocupações]. Mas, de lá para cá, foram momentos em que não houve um transbordamento. Eles fizeram uma pressão legítima e tiveram uma resposta do governo”, continuou o ministro.
Em outra entrevista concedida em março desse ano, ao ser questionado sobre o risco de invasões, Teixeira afirmou: “O que está dentro da lei será recepcionado. O que estiver fora da lei, não. Essa ocupação na Bahia foi um caso isolado. Não é uma política nacional de nenhum movimento a ocupação de áreas produtivas.”
Ao compartilhar o trecho da entrevista, Bolsonaro afirmou que o número de invasões no atual governo já é maior do que nos 4 anos do seu mandato. Ele também destacou a entrega de títulos de terra à população agrária.
“Nunca esquecendo de mencionar que em nosso governo batemos o recorde histórico de títulos de terra entregues, sendo mais de 420 mil. Mais que o somatório de todos os governos anteriores desde o início dos anos 2000”, escreveu o ex-presidente.